Em meio à correria

Cassiano Silva leva ao consumidor o que ele precisa, na hora em que precisa

Morador de Florianópolis há dois anos, Cassiano Silva luta diariamente contra as adversidades de ser um vendedor ambulante. Encantado pela ilha de Santa Catarina, anda pelas ruas do Centro vendendo objetos que podem ser úteis para o trabalhador apressado, que não tem tempo de passar em uma loja ou esperar em filas. Em 2021, Silva veio do Rio Grande do Sul e se deparou com uma cidade alegre e aberta. “Já viajei para muitos lugares no Brasil, mas nunca vi nada como Florianópolis”, garante. Cassiano apoia sua família por meio de seu trabalho e vai diariamente para o centro da capital vender suas mercadorias.

Senhor de cabelo branco com franja em formato tigela e bigode branco em forma de meia lua. Está conversando.

Cassiano vive de vendas pequenas e se encontrou em Florianópolis

Cassiano vive de vendas pequenas e se encontrou em Florianópolis

A experiência de Silva com vendas vem da rua e, assim como aprendeu com ela, a aplica em seu dia a dia em frente ao Terminal de Integração do Centro. A flexibilidade do trabalho dele é um fator constante em sua rotina. Em dias nublados, vende guarda-chuvas. Em dias de sol, acessórios para enfrentar o calor. Sua disposição e a de outros vendedores ambulantes contorna as dificuldades em que se encontram ao oferecer aquilo que o consumidor precisa.

Senhor sorri entregando panfletos na rua do Mercado Público

Em um dia de chuva comum, o trabalhador vende guarda-chuvas e capas de chuva. 

Em um dia de chuva comum, o trabalhador vende guarda-chuvas e capas de chuva. 

O sorriso de Cassiano some por um momento ao descrever algumas situações que vivenciou em seu local de trabalho. Os desentendimentos vão desde brigas entre vendedores da mesma área, até o receio de serem abordados por agentes de fiscalização. Apesar disso, ele e seus colegas se apoiam mutuamente, tomando cuidados constantes e buscando a segurança uns dos outros.

Cassiano vê riscos em seu trabalho, porém não hesita em falar o que pensa.

Cassiano vê riscos em seu trabalho, porém não hesita em falar o que pensa.

Silva deixa claro como gostaria de ter recebido mais oportunidades e apoio por parte do Governo. “Em época de eleição, eles vieram e prometeram nos deixar trabalhar aqui. Mas isso não aconteceu.” Apesar das dificuldades percebidas por ele e seus colegas, apoiar a família é essencial para o trabalhador. É por isso que hoje permanece fazendo suas vendas e se adaptando ao tempo. Já sobre viver em Florianópolis ou procurar outros lugares para viver, Silva é curto e direto: “fico aqui até eu morrer”.