“A vida
dá arte”

Com 50 anos na estrada da música,
Clélio Diniz faz das ruas da Ilha
seu palco principal

Retrato de um homem de cabelo escuro penteado para o lado, alargadores pequenos nas orelhas e expressão séria e determinada.

Sem música não se vive. Esse é o pensamento de Clélio Diniz, cantor que começou sua trajetória artística aos 12 anos, quando decidiu tocar violão. Sozinho, pediu um latão que sua mãe usava para guardar goiabada e montou seu primeiro instrumento musical. Passaram-se 50 anos desde aquela decisão, e sua paixão pela música não arrefeceu. Hoje, seu posto de trabalho é no Centro de Florianópolis, entre trabalhadores e consumidores que caminham pelas ruas. Diniz senta em um banco, expõe seus DVDs, e passa duas manhãs por semana tocando músicas autorais na esquina da rua Felipe Schmidt.

O artista lançou seu primeiro álbum autoral em 2008, com “Festa das Cordas”. Menos de dois anos depois, lançou “Ballet das Folhas”, seu segundo álbum

O artista lançou seu primeiro álbum autoral em 2008, com “Festa das Cordas”. Menos de dois anos depois, lançou “Ballet das Folhas”, seu segundo álbum

Clélio usa a arte para se manter conectado emocionalmente com sua família, que vive em Manaus. Após oito meses tocando nas ruas de Florianópolis, sua experiência com a cidade despertou a vontade de trazer a filha, que é enfermeira, para trabalhar aqui. Em meio a elogios à Capital, o artista conta como encontrou mais oportunidades em chão catarinense. “Aqui é melhor. Lá não tem essa abertura, aqui a gente fica livre”. Apesar de não ter reclamações da cidade, o artista sente falta da terra natal. Com grande parte da família longe, Clélio mantém boas lembranças de Manaus.

Em 2014, o cantor gravou "Saudades", obra em que fez sua própria interpretação de grandes nomes da música brasileira

Em 2014, o cantor gravou "Saudades", obra em que fez sua própria interpretação de grandes nomes da música brasileira

Em 2014, Diniz se apresentou no Teatro Álvaro de Carvalho, no centro de Florianópolis. Hoje, o artista vende filmagens dessa sua apresentação em DVD, tornando seu trabalho “eternizado em formato digital”. Vendendo CDs, DVDs, tocando em aniversários e comemorações, Clélio se mantém completamente através de sua música. Com um sorriso no rosto, afirma: “A vida dá arte”.

Clélio vende suas obras por preços simbólicos, chegando até mesmo a oferecer de graça

Clélio vende suas obras por preços simbólicos, chegando até mesmo a oferecer de graça